sábado, 28 de abril de 2012




Aquele que tem palavras
Nunca é sozinho na estrada
E nem mesmo padece
Não se sente pesado
Pois consegue no meio das linhas
Desabafar as promessas do coração
Sente-se nu ainda que vestido
Consegue ver no espelho
O traço da face amada
E ainda que seja pontilhada
Permite-se no meio das horas
Contentar-se na imaginação
Contemplando o direito de sentir
E assim em meio a tantos fins
Consegue encontrar um começo
Apaixonando-se a cada dia
Pelo destino de ser vivo
Dentro da alma de um poeta!

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Saiu assim...


Eu sou o extremo a sorrir...

Quando leio uma frase sábia

Eu sou o extremo a chorar...

Quando me arrancam o ar

E são desses momentos que eu me eternizo

Sorrindo por um coração sábio

Chorando por uma mente tola



[Eu não sei quem disse:

Existe o que não se vê

Foi o mesmo quem disse:

Eu enxergo o além

...do que existe em você!]



Eu canto uma canção

Ainda sem melodia

E esqueço as cifras escritas

Quando sua voz faz meu corpo padecer



[Eu não sei quem disse:

Existe o que não se vê

Foi o mesmo quem disse:

Eu enxergo o além

...do que existe em você!]



E em verdades duras eu sobrevivo

Mas as mentiras leves me deixam faminta

Eu tomo um “cálice de vinho tinto de sangue”

Escrevo uns versos

Regozijo-me da arte



[Eu não sei quem disse:

Existe o que não se vê

Foi o mesmo quem disse:

Eu enxergo o além

...do que existe em você!]



Aquele que não sabe admirar uma obra

É um cego por toda vida

Padece de uma famigerada fome

É um surdo artístico

Na mais hiperbólica rima

Não percebe um tom

Vive sem cantar

Ainda sem ser mudo



[Eu não sei quem disse:

Existe o que não se vê

Foi o mesmo quem disse:

Eu enxergo o além

...do que existe em você!]



Eu prefiro os extremos

A viver na matemática

Contabilizando positivos a negativos

E chegando nunca

Num zero a recomeçar

Ou no infinito a sonhar!